quarta-feira, 7 de maio de 2014

Idolatria, uma extensão da simplificação.

Como consequência direta da simplificação surge a idolatria.
Apesar de ser biblicamente proibida, afinal ninguém tinha direito de fazer um bezerro de ouro para ser cultuado no lugar da divindade principal, acaba que os pobres fiéis tomam por ídolos, pessoas que não deveriam tomar.
Não adianta o sujeito ser flagrado num discurso agressivo durante uma pescaria em que o pastor chefe daquela igreja riquíssima diz que a contribuição tem que ser forçada.
Não adianta saber que o bispo de tal ou tal lugar tem uma mansão espetacular e que custa mais caro que muitas de suas igrejas.
Não adianta ser publicada a afetação daquele outro ministro que faz peeling de ouro, pinça a sobrancelha e outras "cositas mas". Na mente humilde do serviçal da igreja, qualquer defeito que se levantar sobre esse ou aquele cara é apenas mais uma provação que o pobre sujeito está passando.
O que acontece é que há um verdadeiro medo do fogo do inferno para quem ousar dizer que tal atitude é errada.
A polêmica em torno do assunto pode gerar e gera, situações bem interessantes.
Em uma viagem no interior, um funcionário público encontrou um pastor, líder local, cuja congregação se subordinava a um pastor metrossexual.
Ao ver a dedicação, a boa vontade e sobretudo, o bom humor do pastor, o funcionário público não resistiu e chutou:
- Pastor, o senhor sabe que agora, TODO, subalterno do "meliciano" vai ter que fazer chapinha e pinçar a sobrancelha?
Sem perder o bom humor e com toda a boa vontade e jogo de cintura dos líderes de comunidades do interior, o pastor simplesmente desconversou:
- Ah, moço, mas aqui nessa roça, acho que ninguém vai ver que a gente num tá fazendo isso não...
É muito mais fácil juntar todas as coisas parecidas numa cesta e tratar todas como iguais.
Difícil, para o ser humano, é ver que a divindade verdadeira está muito acima de homens, de máquinas e de qualquer elemento humano ou material.


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