sexta-feira, 9 de maio de 2014

Fé e falta de medo e clamor

Pode ser o medo de um mar agitado, medo da velhice ou medo da morte.

Qualquer medo pode ser resolvido se a pessoa que é praticante de uma religião se dirigir, em desespero, à sua respectiva divindade e pedir humildemente a sua intersecção. Isto é o que se chama de CLAMOR...



Mesmo as religiões mais flexíveis costumam se basear num diálogo de pedinte, de esmoler entre a criação e o criador.

De certa forma, o clamor tem sua validade pois a Divindade, ou Deus, como se quiser chamar, jamais se negaria a ouvir o pedido de ajuda de um de seus filhos.

Mas não é tão simples assim.

Em muitos casos, pessoas que nem se dizem religiosas, não possuem nenhum medo das mesmas situações. Muito menos tem ou jamais terão o ímpeto de se dirigirem a uma divindade para pedir proteção.

Essa proteção acontece pelo acaso, ou por alguma forma de consentimento da divindade que, NÃO NECESSARIAMENTE passa pela necessidade de se fazer um clamor.
Mas uma pessoa que já esteja consciente da presença e da onipotência de Deus, não haveria de clamar.
Automaticamente, ela já SE SENTIRIA PROTEGIDA se estivesse em comunhão com Deus.

O crente apenas se lembra de Deus, sente o seu calor aquecendo o coração no medo do frio, da chuva e da luta, mas não tomba facilmente. por que sabe, SEM LAMÚRIAS, que está confortado pela verdadeira FORÇA DA DIVINDADE, aquela que já brota de dentro, naturalmente...

Se Vc estiver "afinado" com a Fé, nem precisa chamar... Muito menos o mar precisa ficar calmo... Afinal, o mar é o mar e é da natureza divina dele ficar agitado, mesmo... Vc se assusta, o mar fica todo encarapitado, mas um calor de segurança, de certeza de que tudo vai dar certo vem lá de dentro e acaba tudo bem....

Mas esse temor que clama pela intersecção direta da divindade é um presentão na mão do mau líder religioso.

É esse medo que mesmo os melhores religiosos têm  de coisas que são da natureza, como o mar agitado e a morte, é que os faz virar massa de manobra nas mãos de seus líderes bons e maus... Mas isso já é um outro capítulo...

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Idolatria, uma extensão da simplificação.

Como consequência direta da simplificação surge a idolatria.
Apesar de ser biblicamente proibida, afinal ninguém tinha direito de fazer um bezerro de ouro para ser cultuado no lugar da divindade principal, acaba que os pobres fiéis tomam por ídolos, pessoas que não deveriam tomar.
Não adianta o sujeito ser flagrado num discurso agressivo durante uma pescaria em que o pastor chefe daquela igreja riquíssima diz que a contribuição tem que ser forçada.
Não adianta saber que o bispo de tal ou tal lugar tem uma mansão espetacular e que custa mais caro que muitas de suas igrejas.
Não adianta ser publicada a afetação daquele outro ministro que faz peeling de ouro, pinça a sobrancelha e outras "cositas mas". Na mente humilde do serviçal da igreja, qualquer defeito que se levantar sobre esse ou aquele cara é apenas mais uma provação que o pobre sujeito está passando.
O que acontece é que há um verdadeiro medo do fogo do inferno para quem ousar dizer que tal atitude é errada.
A polêmica em torno do assunto pode gerar e gera, situações bem interessantes.
Em uma viagem no interior, um funcionário público encontrou um pastor, líder local, cuja congregação se subordinava a um pastor metrossexual.
Ao ver a dedicação, a boa vontade e sobretudo, o bom humor do pastor, o funcionário público não resistiu e chutou:
- Pastor, o senhor sabe que agora, TODO, subalterno do "meliciano" vai ter que fazer chapinha e pinçar a sobrancelha?
Sem perder o bom humor e com toda a boa vontade e jogo de cintura dos líderes de comunidades do interior, o pastor simplesmente desconversou:
- Ah, moço, mas aqui nessa roça, acho que ninguém vai ver que a gente num tá fazendo isso não...
É muito mais fácil juntar todas as coisas parecidas numa cesta e tratar todas como iguais.
Difícil, para o ser humano, é ver que a divindade verdadeira está muito acima de homens, de máquinas e de qualquer elemento humano ou material.